quinta-feira, fevereiro 18, 2010

vasos de um funeral

perdido uma vez mais na imensidão dos meu sonhos. as pedras de calçada húmidas e aquele orvalho que nos consome. o odor do húmus.
revolto-me novamente. agito a bandeira mas ela espantosamente não se mexe. as flores estão murchas. a água secou. os vasos estão dispostos no muro, religiosamente como um terço. a minha vista alcança um funeral vestido de preto. a música do soluçar. volto as minhas costas e fixo-me numa parede branca.

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