teclas de piano e uma pauta exausta. ao canto, um pedestal acompanhado de um quadro rançoso. um conjunto de malas junto da porta e o molho de chaves certeiro, querendo sair.
numa tristeza, um assombro arrebata a alma perdida nos fundilhos da escadaria. uma cena dramática prestes a desenrolar e ele, impotente. entristecido. rude e com o espírito cadenciado por uma dor pouco serena. o tumulto é tal que, olhando pelo quadrado da janela, não se contém. as pernas falham, o luto tritura tudo e o medo, embrutecido, vende-se.
o galo é visto na praia pela última vez, numa sexta-feira de aguaceiros.
quarta-feira, maio 23, 2012
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