quinta-feira, maio 13, 2010
epígrafe
uma cozinha e um forno de lenha. o chão de pedra fria com o seu cheiro acre inconfundível. o corredor que nos aperta a passagem, o padrão dos azulejos bejes e castanhos que nos moldam a memória. a tristeza inerente ao tempo. um manifesto agudo da nossa humanidade.
o mapa
uma saída repentina. o caminho afigura-se tempestuoso, com nuvens baixas. o poder do assobio é insuperável. nisto revejo o meu bloco de notas. rabiscos e algumas gralhas detêm-me na imensidão dos plátanos e arbustos. estou a delirar.
abri os olhos e estou no escuro. novamente. mexo os braços e reviro os olhos. um mapa indecifrável e novamente o horizonte repleto de incertezas.
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