segunda-feira, novembro 18, 2013

calhaus

olho a curva e fixo-me no horizonte para além das canas e vacas. olho para uma canada de terra batida e ,em poucos metros, adiante uma abundante mata. árvores. silvas e pedregulhos musgosos.
descida aos ombros de alguém familiar e próximo, reconfortante mas também caseiro. 
sentimos o mar e os calhaus rolantes, já perto, num daqueles dias mágicos que se prolongam no tempo e no espaço.
maresia. família. 

tudo solto

Vagueando pelo monte acima sem destino
Partido, desfolhado e a gotejar 
Vai, vai, vai não te percas nas nuvens
A altitude tolda-te a visão e o coração

Começas a nascer 
Iluminando tudo o que tocas e não tocas
Nas sombras aquíferas e húmidas tu vês
Um raio doloroso e paciente de onde é impossível fugir

Trauteaste algo merecedor de uma dança
Que nos fez juntar e aguardar um descerrar
Daquela cortina de gotas e de flores portentosas
Luminoso é aquele que nos aquece os pés