segunda-feira, março 12, 2012

Fardos ocultos

uma terra que nos prende. uma sensação de empatia que nos faz ficar. o tilintar das chaves alertam-me para um silêncio aterrador. ao fundo, uma terapia primaveril. mais perto, numa sensação mais aconchegante, disse-me ao ouvido: "não venhas mais".
passadeira. o semáforo recorrente e no vermelho novamente. tudo me prende. helenística, uma palavra cara e aparentemente simbólica. já me verguei ao poder do céu. perspectiva não religiosa nem condicionante.
soltas. as palavras. por vezes ocultas.

Cidade perdida no tempo

A nuvem evaporou-se
Com duas carícias.
Foi assim que o Sol apareceu
Enganado pela
iluminária do tecto, entretanto abalada.
O odor a mar
Impregnado de saudade
Temperado com enxofre.

Foi ele que me aconselhou
A escrever às nuvens
Passageiras e incontornáveis
Com ares de espuma e sabor a água.

adenda: visões de um éden abandonado percorrem os meus sonhos. a queda das flores, o voo e um céu que contempla a paisagem.