quinta-feira, outubro 20, 2011

macieiras

divisões fotográficas corrompem-me em todos os instantes. numa golada de ar, sopro e consigo, finalmente, encher o balão. quando cheio é alvo de todas as atenções e sorrisos. no pátio solarengo ouvem-se as vozes familiares, o convívio estival que convida à moleza. incomodado sigo em frente e abro, novamente, a porta para ser arrebatado. três aves sobrevoam a macieira fecunda. o antigo trilho está coberto de musgo.
conta-me aquela história por favor.

delícias outonais

um chão de carpete castanho claro. novo rasgo de memória que me aclara o pensamento. duas maneiras de olhar o mundo e o que nos rodeia. ali perto, num vaso escondido, no canto, uma rosa vermelha a definhar. o sol bate na janela entreaberta iluminando o pó que dificilmente assenta. três pancadas distintas na porta e o mugir de uma vaca só, no pasto circundante, fazem-me levantar vagarosamente. pressinto uma nova aurora.